Antes de falar de Monte Carlo, é preciso exaltar a semana excepcional de Thomaz Bellucci no saibro norte-americano de Houston.
Pra quem vinha sempre empacando em questões físicas e mentais, o brasileiro deu um passo e tanto:
venceu quatro jogos em três sets, buscou resultados, cresceu durante as partidas e, na finalíssima contra Steve Johnson (também em três sets), perdeu no detalhe do detalhe.
O vice-campeonato no ATP 250 de Houston rendeu a Thomaz 12 colocações no ranking da ATP, deixando o brasileiro perto do top 50, na 53ª colocação.
Mais do que isso, a campanha e a evolução física, mental e tática dão confiança para Bellucci colocar em quadra toda a técnica e intensidade de seu jogo.
Que assim seja!
Temporada de Saibro – Masters 1000 de Monte Carlo
O início da temporada de saibro começa cheio de dúvidas.
Sem Roger Federer, que ainda nem sabe se jogará Roland Garros, é difícil estabelecer um favorito.
Talvez Rafael Nadal, pelo histórico e pelo bom momento, seja mais uma vez o principal candidato a tudo na terra batida.
No Masters 1000 de Monte Carlo, onde o Touro Miúra já foi campeão nove vezes — oito delas consecutivas —, fica a dúvida sobre a concorrência do espanhol: afinal, o que esperar de Andy Murray, Novak Djokovic e Stan Wawrinka?
Estou ansioso para ver o desempenho do britânico e do sérvio após o tempo de ‘descanso’ — está mais do que na hora do líder e do vice-líder do ranking ‘entrarem em quadra’, jogando o que sabem em 2017.
Já Stan, seja pro lado bom ou ruim, é sempre imprevisível.
O suíço, no mesmo lado da chave de Murray, pode ter no caminho até a semifinal nomes como Pablo Cuevas, Lucas Pouille e Jo-Wilfred Tsonga.
Já o britânico pode encarar os espanhóis Tommy Robredo e Albert Ramos, o tcheco Tomas Berdych e o croata Marin Cilic.
Do outro lado, Novak Djokovic precisará de muita atenção com os possíveis cruzamentos diante de Pablo Carreño Busta, David Goffin ou Dominic Thiem — o austríaco, aliás, chega à temporada de saibro cheio de energia e com a bagagem da semi de Paris do ano passado.
Olho nele!
Enquanto isso, Nadal, que pode fazer semifinal com Nole, poderá ter encontros perigosos com Alexander Zverev, Roberto Bautista ou Grigor Dimitrov.
Não tá fácil pra ninguém!