Rio Open surpreendente e Brasil garantido nas quartas

Rio Open surpreendente e Brasil garantido nas quartas

O Rio Open já começa de ‘cabeça pra baixo’, com os últimos dois campeões e o cabeça de chave número 1 eliminados na primeira rodada.

Tudo começou com a queda de Pablo Cuevas para o bom e agressivo belga Arthur de Greef.

Autor da ‘dobradinha’ de títulos no Rio e em SP no ano passado, o uruguaio deixa a disputa de maneira precoce, assim como o campeão de 2015, David Ferrer.

No caso do espanhol, entretanto, a derrota diante do ucraniano Alexandr Dolgopolov, que vem confiante e embalado pelo título em Buenos Aires, é mais do que normal.

A melhor das zebras, claramente, ficou por conta da eliminação de Kei Nishikori, número 5 do mundo e principal nome no Jockey Club carioca, para o brasileiro Thomaz Bellucci.

O paulista, mais uma vez, prova que tem tênis para dar trabalho aos melhores do mundo e confirma a tese de que, às vezes, enfrentar um tenista de peso ajuda a aliviar a pressão, tirar a responsabilidade e elevar o desempenho em quadra — ainda mais no Brasil, onde costuma oscilar muito.

O ‘azar’ de pegar Nishikori logo na estreia pode ter sido uma tacada de sorte para Thomaz — vai entender a cabeça dele!

O importante foi a boa atuação, com direito a dois sets a zero pra cima do ‘esquentado’ japonês (quebrou até raquete!) e o fim do longo jejum de 22 partidas sem vitórias contra tenistas top 10.

Saiba tudo do Rio Open no Blog da Federação Paulista de Tênis

Agora, Bellucci encara Thiago Monteiro, que passou bem pela dura batalha diante de Gastão Elias.

O português deu trabalho, levou o primeiro set, mas o cearense, que no ano passado eliminou Jo-Wilfred Tsonga na estreia, fez bonito de novo: soube voltar para o jogo, levantar a torcida e avançar à segunda fase no Rio de Janeiro.

Uma coisa é certa: teremos um brasileiro nas quartas de final.

O confronto entre Bellucci e Monteiro, os dois melhores do país na atualidade, é o duelo do tenista tecnicamente melhor preparado, mais rodado e consolidado, contra o tenista ainda promissor, mas cheio de energia, personalidade e cabeça boa — ainda mais jogando em casa.

Dois canhotos em ação.

Se Bellucci é favorito pela experiência e pelo histórico no circuito, Thiago tem vantagem na parte mental, na leveza de ser mais novo e de jogar, na teoria, com menos responsabilidade.

Interessante.

Nos muitos treinamentos entre os dois amigos, o cearense costuma dar ‘canseira’ no paulista.

Promete ser um bom jogo e com boas perspectivas para a próxima fase, já que quem avançar às quartas enfrenta  ou Roberto Carballes ou Casper Ruud.

Chave boa!

Os outros dois brasileiros da chave de simples deram adeus de maneiras distintas: João Souza Feijão caiu de forma já esperada para o espanhol Pablo Carreño Busta e Rogério Dutra Silva acabou surpreendido pelo norueguês Casper Rudd, jovem de 18 anos convidado da organização — uma pena para quem começou o ano tão bem quanto Rogerinho.

Bola pra frente!

Saiba tudo sobre o Rio Open

Pra não dizer que a zebra dominou totalmente o início do Rio Open, o cabeça de chave número 2 do torneio, Dominic Thiem, estreou com vitória pra cima do sérvio Janko Tipsarevic.

A briga é boa, mas o austríaco é fortíssimo candidato ao título.