São Paulo, 09 de junho de 2018 – Maria Esther Bueno morreu nesta sexta-feira aos 78 anos, após a luta contra um câncer de boca, descoberto no ano passado. Maior tenista brasileira de todos os tempos, ela nasceu em São Paulo (SP), no dia 11 de outubro de 1939. Pioneira, Maria Esther tinha apenas 19 anos quando comemorou pela primeira vez os títulos de Wimbledon e do US Open (então também disputado na grama). O ano era 1959 e, a partir daí, passou a somar muitas conquistas e grandes resultados.
Ao longo de sua carreira, Maria Esther conquistou 19 títulos de Grand Slam, sendo sete em simples (três em Wimbledon e quatro no US Open), outros onze em duplas (cinco em Wimbledon, quatro no US Open, um em Roland Garros e um no Australian Open) e mais um em duplas mistas (em Roland Garros). Em 1960, entrou para a história ao ser a primeira mulher a vencer os quatro Grand Slam de duplas no mesmo ano. Foi número 1 do mundo em 1959, 1964 e 1966, antes da criação do ranking mundial em 1975.
A carreira internacional começou em 1957 e, até 1968, quanto teve de fazer uma grande pausa por causa de contusões seguidas, Maria Esther teve grande destaque nas quadras. Foram 120 finais de simples, com 65 títulos; e outras 137 de duplas, com 90 vitórias, que se somados aos 15 troféus de duplas mistas totalizam incríveis 170 conquistas. Conseguiu retornar em 1974, ano em que ganhou um título, no Aberto do Japão.
Chegou ao 29º lugar do ranking da WTA, marca que até hoje permanece como a melhor de uma brasileira na Era Profissional do tênis feminino. Em 1978 foi a primeira mulher sul-americana a integrar o Hall da Fama do Tênis. E seu nome está no Livro dos Recordes: venceu a final do US Open de 1964, contra a americana Carole Caldwell Graebner, em apenas 19 minutos.
Na Olimpíada de 2016, realizada no Brasil, Maria Esther foi homenageada ao carregar a bandeira brasileira durante a cerimônia de encerramento, no Maracanã, no Rio, depois de ter sido uma das condutoras daTocha Olímpica, em sua passagem pela cidade de São Paulo, antes dos Jogos, e de dar nome à quadra central do Centro Olímpico de Tênis, no Rio.
Com toda uma vida dedicada ao tênis, nos últimos anos estava atuando como comentarista no canal SporTV.