Alexander Zverev fez história ao surpreender o mundo do tênis com apenas 20 anos nas costas.
Além de vencer Novak Djokovic em sets diretos e conquistar o Masters 1000 de Roma — maior título da carreira até então —, o alemão se tornou o mais jovem campeão de um torneio deste nível desde 2007, quando o próprio Djoko levou o caneco de Miami aos 19 anos.
Com o resultado, Zverev entra pela primeira vez no top 10, lugar onde certamente permanecerá por boa parte da carreira.
O garoto joga muito tênis, tem envergadura de gigante, técnica apurada no fundo de quadra e na rede, agressividade e velocidade.
Jogador moderno para todas as superfícies — a consagração no saibro de Roma é prova disso.
No ranking da temporada, Zverev já aparece em 4º, atrás apenas de Dominic Thiem, Roger Federer e Rafael Nadal — o espanhol, inclusive, já chegou a declarar publicamente que o alemão será número 1 do mundo num futuro próximo.
É difícil dizer, mas o fato é que, aos poucos, a nova geração vai lançando protagonistas no circuito, o que há muito tempo não acontecia devido à hegemonia do Big 4 — domínio de Federer, Nadal, Djokovic e Murray.
Agora, já é possível imaginar jovens talentos figurando entre os melhores do mundo e disputando os principais torneios do circuito.
Zverev, Thiem e Nick Kyrgios, por exemplo, são nomes com qualidade e potencial para, em breve, brigar por um lugar no top 5.
Já o atual número 2 do ranking, Novak Djokovic, que amargurou o quarto vice-campeonato em Roma em oito finais disputadas, também surpreendeu o mundo do tênis ao anunciar, logo depois da partida, o seu mais novo treinador:
Andre Agassi
Após a separação da antiga equipe técnica e um curto período solitário no circuito, o sérvio confirmou que vai se unir ao ex-tenista norte-americano para a disputa de Roland Garros.
A ideia é que Agassi, que nunca se aventurou antes como treinador, acompanhe o seu mais novo (e primeiro) ‘pupilo’ durante um período em Paris, para que se conheçam melhor e decidam o futuro.
Uma coisa é certa: mesmo sem experiência como técnico, Andre tem bagagem de sobra para ajudar Novak no momento de retomada.
O rival histórico de Pete Sampras e dono de oito Grand Slams teve uma carreira brilhante, com oscilações, complicações extra-quadra e muita superação — não é à toa que se tornou o mais velho tenista a reassumir o topo do ranking.
Certamente terá muitos conselhos para Nole.
“Andre é um cara pelo qual tenho enorme respeito, como pessoa e como jogador. Ele já passou por tudo que estou vivendo, entende muito bem do jogo que acontece dentro de quadra e também é um cara que tem a família como um importante valor. Adorei as conversas que tivemos, ele é muito humilde e educado, com certeza vai contribuir bastante”,
disse Djokovic após a final de Roma. Parceria que promete!
Se no masculino a disputa está em aberto para Roland Garros, com favoritismo inclinado para Rafael Nadal, entre as mulheres o circuito atual é um verdadeiro ponto de interrogação.
No Premier de Roma, a ucraniana Elina Svitolina venceu a até então embalada romena Simona Halep e garantiu o seu quarto título no ano, assumindo a liderança do ranking da temporada.
Sem Serena Williams, afastada pela gravidez, é preciso ter muita coragem para apontar uma única favorita para o saibro parisiense.
Kerber? Halep? Svitolina? Muguruza? Pliskova? Konta?
Eu não ouso palpitar.