Novak Djokovic não joga mais em 2017.
Em uma transmissão ao vivo via Facebook, o sérvio anunciou que vai parar, com o objetivo de ‘curar o corpo e voltar 100% fisicamente no próximo ano’.
A decisão foi tomada após uma participação traumática em Wimbledon, onde Djoko não resistiu às dores no cotovelo e abandonou o jogo contra Tomas Berdych nas quartas de final.
“Wimbledon foi provavelmente o pior torneio que já tive em termos de sentir dor”, disse Nole.
O que tudo isso significa? Muitas coisas.
A primeira e mais óbvia é que o mundo do tênis perde um dos grandes nomes do circuito pelos próximos cinco meses.
Além disso, é praticamente certo que o atual número 4 do ranking termine a temporada fora do top 10, o que não acontece desde 2006. Mudança drástica para quem, há tanto tempo, transita pelas primeiras colocações da lista da ATP.
O lado bom é que Djoko vai poder ficar mais com a família, acompanhar o nascimento do segundo filho e se reconstruir como jogador.
Desde que venceu Roland Garros em 2016 o sérvio ainda não conseguiu jogar seu melhor tênis.
Relaxamento após a conquista do único Grand Slam que lhe faltava? Problemas pessoais? Fim da parceria com o técnico alemão Boris Beceker? Problemas físicos?
Enfim… O fato é que o ex-número 1 do mundo entrou numa bola de neve que envolveu um pouco de tudo. A pausa anunciada por motivo ‘físico’ certamente vai ajudar a parte técnica e, principalmente, mental de Nole.
A decisão pode marcar o início da volta do velho Djokovic: cirúrgico, eficiente e alegre na quadra de tênis.
Certo é que a recém-parceria com o norte-americano Andre Agassi será mantida e Djoko espera aproveitar o tempo de ‘descanso’ para focar em seu jogo e ‘construir o que precisa para jogar nos próximos cinco anos ou mais’.
Curioso é que há exatamente um ano, Roger Federer anunciava que não atuaria mais no restante da temporada de 2016. O efeito da ‘pausa’ do suíço todo mundo já sabe: tênis de primeira linha no retorno às quadras e dois Grand Slams já conquistados.